terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estudo aponta ligação entre Facebook e o cérebro

Estudo da Universidade College de Londres mostrou que voluntários colocados em um scanner tridimensional demonstraram ter estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando conectado a uma grande lista de amigos no Facebook, em comparação com outros que tinham poucos amigos on-line.

As três áreas são todas relacionadas com a capacidade de socialização. "O sulco temporal superior e o giro temporal médio estão associados à percepção social, do olhar das outras pessoas ou de pistas sociais advindas de expressões faciais", explicou o cientista Ryota Kanai, da Universidade College de Londres (UCL). A terceira área, o complexo entorrinal, "estaria associada com a memória para rostos e nomes", acrescentou.

Dois anos atrás, a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, causou polêmica sobre o impacto das redes digitais nos jovens."A mente do século XXI seria quase infantilizada, caracterizada por curtos instantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e um senso de identidade instável", alertou Greenfield, em discurso na Câmara dos Lordes britânica.

Geraint Rees, professor de neurociências da UCL, disse que o novo estudo trouxe à tona questões-chave relativas a esta controvérsia. Entre elas, se o tamanho da área de socialização no cérebro nos leva a fazer mais amigos, se esta área é alterada pelas redes sociais na internet ou se esta relação é inócua. Para Rees, que liderou a pesquisa, este enigma de causa e efeito só poderá ser resolvido com estudos posteriores.

Em seu estudo, Rees recrutou 125 estudantes, 46 deles homens, com idade média de 23 anos. Seus amigos no Facebook variaram de poucos até quase mil. A média estimada seria de 300 amigos por voluntário.

Facebook: Proxxima 

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